Música Clássica
Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E-flat major - "Romântica"
Recebemos diariamente os mais ternos cumprimentos por esse trabalho, quiçá, mal feito por este que vos fala. Mas também recebemos palavras alquebradoras. Tento de certa forma ser razoável. Tenho o direito de gostar ou não gostar de determinado compositor. Busco ser respeitoso com todos os visitantes do blog. Nunca faltei com educação ou agi com prepotência. Não escondo que não sou músico. Sou apenas um ouvinte curioso. Em outras palavras: um diletante. Alguém que engatinha por essas sendas musicais infinitas. A música caminha com pés delicados. Penso que o que deve afastar muita gente da música clássica é a prepotência de determinados seres que julgam que esse tipo de produção pertence a alguns eleitos. Àqueles que conseguem enxergar "a roupa invisível do rei". E essa dicotomia estabelece uma sepração entre aqueles que podem ouvir e aqueles que não podem. Sempre foi assim na história da música. Estou lendo uma biografia sobre Anton Bruckner escrita por Lauro Machado Coelho e é curioso como o compositor austríaco foi mal recepcionado no século XIX. Alguns diziam que ele não sabia compor; que seus trabalhos eram obscuros; sem sentido; que não havia organicidade em suas obras. Certo crítico chamado Hanslick foi um ardoroso combatente de Bruckner. Mas esse dito "eleito" que sabia enxergar "o coração" da música apenas ficou no rodapé da história como um "criticozinho". Se ele hoje é lembrado é porque existe alguém grandioso como Bruckner. As críticas vindas daqueles que são "doutorado em filosofia e especialista em filosofia da música", ou seja, "um eleito", torna-nos suscetíveis a um grande desânimo. Já postei bastante no PQP Bach, mas foi por causa de críticas cruéis e desabilizadoras que me proporcionaram um ímpeto a reduzir drasticamente as postagens naquele sítio. Admiro cada um dos componentes do PQP Bach. Damo-nos muito bem. Temos uma boa comunicação. Não somos especialistas. O que nos aproxima é a música. Mas, sinto-me meio "inseguro" a postar por aqueles lados. Acredito que os que visitam essa página o fazem motivados pela música e não por aquilo que escrevo. Reitero: a função dessa página não é me exibir de nenhuma forma; ou emitir juízos especializados. Trata-se apenas de impressões que vamos colhendo à medida que escutamos aqui e ali. E como escutamos! Ouço música a maior parte do meu dia. Quando estou em casa sou capaz de ouvir música por oito horas a fio sem titubear, simplesmente, porque música não é somente técnica. Música para mim é religião. Quando vou a um restaurante não estou interessado em saber como o chefe preparou o prato - embora tendo conhecimento de como foi preparado me der uma ideia do sabor. Mas, simplesmente, interesso-me pelo sabor da comida. Naquele sabor existe um sentimento que me liga, incodicionalmente, a memórias, a sensações, prazeres que não se encontram nos utensílios de preparação. Deixo os utensílios para os especialistas. Fico apenas com o alimento, embora leia uma vez ou outra sobre a arte de preparar pratos. Ora, por que escrevo isso? Simplesmente porque estou bastante triste. Recebi uma mensagem bastante altiva (e que não divulgo por escrúpulos) de um alguém "entendido" - o "doutorado em filosofia e especialista em filosofia da música". Criticou o nome do blog, meu ponto de vista sobre Rachmaninov, minha cultura musical e me alistou no exército dos ignorantes. Não é fácil ouvir essas coisas. Todos nós temos brios. Mas buscamos estar preparados para isso. Por isso, postarei esse CD como uma tentativa de solicitar aos deuses da música que apaziguem o meu coração com a espiritualidade da música de Bruckner. Com esse hino triunfal de um dos maiores compositores de todos os tempos e que desejava expressar seu sentimento de devoação ao seu Deus. E, eu, incrédulo que sou, busco apenas converter algumas pessoas à boa música. Tornar a existência de alguns visitantes benquistos.
P.S. Não posso silenciar a ninguém, mas não deprecie um trabalho que é feito com tanto esforço e a custa de tanto tempo. Não ganho nada em com este espaço. Meu maior lucro é a gratidão dos visitantes. A se continuar com esse tipo de discurso, não vejo outra saída a não ser prometer o ocaso desse espaço. Ademais, esse não é um espaço para eruditos, mas para amantes do "ser da música". Abraços (melancólicos) musicais!
Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 4 in E-flat major - "Romântica"
01 - I - Bewegt, nicht zu schnell
02 - II - Andante quasi Allegretto
03 - III - Scherzo. Bewegt - Trio. Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend
04 - IV - Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell
Ed. Robert Haas
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Berliner Philharmoniker
Hebert van Karajan, regente
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