Música Clássica
As 25 Melhores Obras de Piano Solo
As 25 Melhores Obras de para Piano Solo Segue-se a lista das 25 melhores obras para piano solo ordenada pela vossa votação com um pequeno comentário para cada uma assim como propostas especificas de audição. Nesta segunda fase de votação iremos eleger as 10 melhores que ficarão nas nossas listas dos Top 10.
Conforme foi salientado por alguns votantes existem muitas obras nesta lista que são na verdade conjuntos bastante vastos enquanto outras são obras "únicas" e por vezes agrupadas por critérios subjectivos de minha lavra. Procurei não obstante esta diferença na latitude das obras que existisse alguma unidade e de certa forma auxiliar a vossa escolha ao propor-vos nos conjuntos mais vastos exemplos particularmente relevantes. Não esqueçam no entanto que se estão nesta lista como conjuntos é porque sinceramente penso que valem a pena serem escutados enquanto tal.
1. Chopin (1810-1849) - NocturnosEste conjunto de obras nunca foi publicado por Chopin como um conjunto sendo constituído por obras publicadas ao longo da sua curta vida mas que partilham um carácter comum. Foram todos publicados em vida com excepção de um. Fizemos neste blog uma longa série de posts sobre estas obras pelo que não iremos aqui repetir esse conteúdo. Todos os posts contêm links de audição para as obras respectivas :
Op. 9 (Nocturnos nº1 a nº3),
Op. 15 (Nocturnos nº4 a nº6),
Op. 27 (Nocturnos nº7 e nº8),
Op. 32 (Nocturnos nº9 e nº10),
Op. 37 (Nocturnos nº11 e nº12),
Op. 48 (Nocturnos nº13 e nº14),
Op 55 (Nocturnos nº15 e nº16),
Op. 62 (Nocturnos nº17 e nº18) os últimos a serem publicados em vida do compositor.
Op. 72 nº 19 (póstumo),
nº 20 e nº 21 (póstumos) . Para terem um link directo para um único nocturno atrevo-me a sugerir o
nº1 por Rubinstein.
2. Beethoven(1770-1827) - Ultimas sonatas op.109 a op.111 As ultimas sonatas de Beethoven foram a seguir aos Nocturnos as obras mais votadas o que é notável tendo em consideração que são obras muito menos conhecidas. A Sonata nº 30 (op. 109) distingue-se pela sua inovação. Muito embora mantendo a forma de três andamentos o primeiro e o segundo estão ligados sendo que o terceiro o verdadeiro andamento lento constitui cerca de metade da duração da obra. Podem ouvir
Glenn Gould na interpretação da primeira parte da sonata. A Sonata nº 31 (Op. 110) embora comece de forma bem mais clássica deixa para o fim as grandes inovações com a utilização de fugas e contraponto não como formas de simples estética mas sim como elementos de construção dramática, característica tão própria do romantismo. Proponho que oiçam
Rudolf Serkin na interpretação do inicio da Sonata. Por fim a sonata nº 32 (Op.111) em apenas dois andamentos muito contrastantes. Segundo muitos pianistas esta obra constitui um dos expoentes da produção de piano de Beethoven no que diz respeito à sua expressividade. Proponho uma interpretação de
Alfred Brendel do ultimo andamento. Notem que este conjunto apesar de ser constituído por obras que nunca foram publicadas enquanto conjunto pelo compositor justifica-se pela sua unidade quer expressiva quer na utilização de técnicas que aproximaram muito Beethoven da composição do período romântico.
3. Beethoven (1770-1827) - Patética, "Ao Luar", AppassionataEstas três sonatas são frequentemente editadas em conjunto dado o seu carácter emocional para que muito contribuem os seus nomes que - verdade seja dita - não são propriamente uma escolha do compositor. A Sonata Patética (Op. 13) foi composta em 1798 é essencialmente uma obra clássica no seu formato embora a utilização de um motivo único ao longo da mesma já seja um prenuncio do que há de vir em termos de coerência da obra. O segundo andamento contém uma das melodias mais conhecidas da música clássica e por isso escolhemos para representar esta obra numa interpretação de
Daniel Barenboim. A Sonata "Ao Luar" (Op. 27) também é uma das obras para piano mais conhecidas. Composta em 1801/1802 dificilmente não a terão ouvido pelo menos uma vez. E se ouviram certamente nunca mais a esqueceram. Escolhi para este caso a interpretação do pianista brasileiro
Nelson Freire. Por fim a sonata Appassionata (op. 53) de que escolhemos o terceiro andamento é uma obra composta em 1854 que marca o reconhecimento do compositor da inexorabilidade da sua surdês e talvez por isso seja uma das suas obras que acaba num tom verdadeiramente trágico a adicionar ao carácter tempestuoso da obra. Para esta obra escolhemos uma interpretação de
Barenboim.
4. Bach (1685-1750) - Variações GlodbergAqui está outra obra incontornável e neste caso não tenho grande dúvida de vos propor para ouvirem a interpretação de
Glenn Gould na sua gravação de 1982. Conseguem ouvir o pianista no seu habitual cantarolar não aceitável para alguns mas de que sinceramente gosto. Este conjunto de obras (BWV 988) composto em 1741 é baseado num único tema e 30 variações sobre o mesmo devendo provavelmente o seu nome ao seu primeiro interprete Johann Gottliebe Goldberg.
5. Mozart (1756-1791) - Sonatas para piano Dado o extenso número de obras de Mozart neste formato (Mozart escreveu 18 sonatas para piano) teremos de escolher algumas para ilustrar o conjunto. Seguindo um critério um pouco populista mas procurando para cada obra dar-lhe a maior hipótese possível para seguir para a próxima fase decidi propor-vos um andamento (o terceiro) da
Sonata K. 331, o famoso Rondo Alla Turca. Proponho-vos duas gravações diferentes a primeira por
Rachmaninoff excelente mas com uma captação sonora que sofre da sua idade e uma segunda por
Horowitz. Outra das sonatas relativamente conhecida por ser muitas vezes utilizada na aprendizagem do instrumento é a sonata nº 16 (
K. 545) também chamada "Sonata simples" - nome atribuído pelo próprio Mozart, numa interpretação de
Claudio Arrau e por fim a ultima que compôs
K. 576 por Mitsuko Uchida
6. Bach (1685-1750) - Cravo bem TemperadoComposto por dois livros cada um contendo 24 prelúdios e fugas num total de 48 peças deverá ser óbvio para todos os que lêem esta lista que esta obra sendo um dos expoentes máximos da cultura ocidental só pode ser um dos fortes candidatos à vitória. O primeiro livro data de 1722 e o segundo de 1742 cada um deles contendo 24 peças. O primeiro destes preludios é obviamente universalmente conhecido mas desafio-vos a ouvirem para além dele nesta interpretação completa por
Glenn Gould. Reparem como Glenn Gould separa bem cada uma das notas (além de poderem ouvir o seu inimitável cantarolar) agora comparem com uma versão muito mais ligada de
Richter. haverá sem dúvida quem vos tentará convencer da superioridade de uma forma de interpretação em relação à outra. Eu não, prefiro concentrar-me na vantagem enorme que representa ter através de dois génios uma única música interpretada de forma tão diversa que nos permite usufruir da mesma em estados de espírito diferentes. Se tenho uma preferida? Tenho com toda a certeza, depende dos dias. Nos melancólicos como hoje tendo a preferir Richter nos mais alegres o meu coração está com Gould (passe o trocadilho com os nomes não intencional).
7. Bach (1685-1750) - Fugas e Tocattas (órgão) Se Bach dispensa apresentação, já o que diz respeito à ilustração do extenso conjunto de obras que esta linha condensa a dificuldade é imensa. Escolhemos a mais conhecida
BWV 565 - Tocatta e Fuga em Ré Menor composta entre 1703 e 1707 (curiosamente numa altura em que Bach fez mais de 200 km a pé para visitar e aprender com Buxtehude, um compositor cuja obra recebeu exactamente um voto, para verem a injustiça da história). Notem que estas obras foram obviamente concebidas para um instrumento diferente como aliás é o caso de muitas outras nesta lista (para cravo por exemplo) mas ainda assim considero têm lugar nesta lista porque na verdade mesmo quando transcritas para um instrumento diferente mantêm a capacidade de exprimir senão a mesma dimensão emocional pelo menos uma muito semelhante. Escrevo este aviso nesta obra dado que é aqui que possivelmente mais se sente essa diferença. sente-se tanto que me vejo compelido a pelo menos conseguir dos organistas que estejam eventualmente a ler esta peça a desculpa incluindo também o original para órgão interpretado por
Karl Richter.
8. Chopin (1810-1849) - Valsas e MazurkasAqui está um outro conjunto numeroso. Valsas foram mais de 20 as compostas por Chopin a que se juntam mais de 40 Mazurkas. Obviamente este agrupamento faz sentido por se tratar de formas de dança estilizada mas coloca claramente uma dificuldade na ilustração e na vossa escolha. Nas valsas ainda consigo escolher algumas das mais conhecidas nomeadamente a
Nº2 do Op. 64 aqui interpretada por Valentina Lisitsa. Posso ainda destacar o Op. 34 (Valse Brillante) tanto o
nº 1 como o
nº 2 (aqui por Rubinstein e de novo Lisitsa). A propósito o nº 1 do Op. 64 é a famosa
Valsa Minuto que também pode ser mencionada por ser tão conhecida. Quanto às Mazurkas bem proponho-vos duas, a
nº2 do Op. 68 por Michelangeli e a
nº 1 do Op. 7 por Marjan Kiepura.
9. Beethoven (1770-1827) - Hammerklavier Esta obra precede as três ultimas sonatas que também estão a votação e neste conjunto de 25 obras para piano solo. Esta sonata a nº 29 da lista de Beethoven e Op. 106 é universalmente considerada uma das obras que apresenta um maior número de desafios de interpretação. A sua duração de mais de 40 minutos só por si constitui uma dificuldade física e de concentração além das dificuldades técnicas que fizeram com que esta obra apenas ganhasse popularidade no século XX. Propomos uma interpretação de
Sviatoslav Richter para quem tenha coragem para a sonata inteira (vale a pena garanto). Para quem preferir um andamento apenas então tenho de vos propor o Adagio que ainda assim são 20 minutos por
Glenn Gould que está na média entre os 16 minutos dos mais apressados e dos 25 dos mais resistentes ...
10. Chopin (1810-1849) - PolonaisesEstas obras, 23 no seu total nunca foram publicadas enquanto conjunto até porque a sua composição praticamente decorreu ao longo de toda a curta vida do compositor. Para ilustrar este conjunto a escolha não é fácil . A Grande Polonaise Brillante (música com que o filme "O Pianista" termina) pode-se destacar embora seja uma obra originalmente para piano e orquestra. Existe no entanto uma versão para piano solo de que vos proponho uma interpretação por
Evgeny Kissin. Das restantes Polonaises podemos ainda destacar a
Polonaise-Fantaisie (Op. 61) - que vos proponho sempre por Evgeny Kissin. Claro que deixamos para o fim a mais conhecida de todas, a
Polonaise Heroique Op. 53 que neste caso é interpretada por Horowitz. Se estiverem num humor mais sombrio como é o meu caso poderão eventualmente encontrar eco na
Polonaise Tragique Op. 44 , neste caso numa interpretação de Vladimir Ashkenazy.
11. Debussy (1862-1918) - Suite Bergamasque Debussy começou a compor esta suite em 1880 mas apenas a terminou já no século XX em 1905. A suite consiste em quatro movimentos dos quais o terceiro "Clair de Lune" é o mais conhecido. Os outros três a propósito são duas formas estilizadas de danças (Minuet e Clair de Lune) e um Prelúdio. Propomos uma interpretação de
Angela Hewitt.
12. Mendelssohn (1809-1847) - Canções sem palavras Os oito volumes que perfazem esta colectânea foram escritos em fases diferentes da vida de Mendelssohn, o primeiro volume datando de 1829 e ultimo de 1845. Como todas as obras são de pequena dimensão e ao alcance (pelo menos aparente) de pianistas amadores estas obras viram injustamente o seu valor diminuído ao ponto de não ser fácil encontrar interpretações das mesmas por pianistas profissionais. Proponho-vos uma interpretação da
Canção nº 6 do Op. 30 (segundo livro) por Daniel Barenboim.
13. Shostakovich (1906-1975) - 24 Preludios e fugasEste ciclo de prelúdios e fugas foi composto entre 1950 e 1951 e publicado no ano seguinte. Tem a característica interessante de serem cada um deles composto numa tonalidade diferente maior e menor da escala cromática. A relação com um outro conjunto de peças, o Cravo bem Temperado também presente neste conjunto de obras é multiplo. Em primeiro lugar porque do ponto de vista musical segue a mesma lógica de progressão nas várias tonalidades mas também porque foi fonte de inspiração para Schostakovich. Aliás conta a história que foi depois de ter servido num juri na Alemanha de uma competição homenageando Bach que Schostakovich retirou a vontade para desenvolver esta obra. Este facto é de certa forma reforçado pela estreia da obra que teve lugar em Leninegrado a 23 de Dezembro de 1952 pela pianista Tatiana Nikolayeva a quem Schostakovich dedicou a obra e que tinha também sido a vencedora da competição de que falamos. Escolhemos para ilustrar este conjunto precisamente o
Preludio e Fuga nº 1 (cada uma das 24 peças é composta pelo menos de um prelúdio e de uma fuga) interpretado pelo próprio compositor (Schostakovich era além de compositor um excelente pianista) e Tatiana Nikolayeva no
Prelúdio e Fuga nº 24.
14. Liszt (1811-1886) - Rapsódias HúngarasConjunto de 19 peças de piano compostas por Liszt entre 1846 e 1853 baseadas no folclore húngaro. Dessas pequenas peças a Rapsódia nº 2 é sem dúvida a mais conhecida e a que escolhemos numa interpretação de
Marc André Hamelin.
15. Brahms (1833-1897) - Intermezzi (Op. 118)Penúltima obras publicadas do compositor e dedicadas a Clara Schumann composta por seis belíssimas canções bastante introspectivas. Proponho-vos uma interpretação de
Evegny Kissin que embora possa por vezes parecer um tanto exagerada no que me diz respeito revela bem o carácter intimista que acabei de vos revelar.
16. Schubert (1797-1828) - Sonatas para pianoEste é um dos casos nesta lista em que a dimensão da obra é considerável ao ponto de nos tornar um pouco difícil a selecção. Na verdade Schubert escreveu 21 sonatas para piano embora, como aliás era hábito do compositor muitas delas estejam incompletas ou particularmente cruas em termos de revisão. Há no entanto três sonatas, que não foram publicadas em vida do compositor, das ultimas obras que Schubert terá escrito que se destacam das demais, possivelmente em conjunto com a
D. 894 composta em 1826 aqui numa interpretação de Sviatoslav Richter. Esta sonata é uma das poucas em que transparece uma certa paz. As três sonatas póstumas D. 958, D. 959 e D. 960 foram praticamente ignoradas devido em grande parte à fraca recepção que obtiveram quanto da sua estreia. esquecidas eram poucas vezes interpretados até que o centenário da morte de Schubert e as interpretações de Schnabel e Erdmann as tivessem voltado a colocar no mapa. É precisamente de Schnabel a interpretação que propomos para a
D. 959. Oiçam bem a melodia e digam-me se não é uma pérola durante tanto tempo perdida ...
17. Satie (1866-1925) - Gnossienes, GymnopediesDois conjuntos de obras de que falamos há muito pouco tempo e que por isso remetemos para os dois respectivos posts:
Gnossienes e
Gymnopedies. Uma interpretação excelente da
Gymnopedies nº1 por Ciccolinni ou das
Gnossiennes por Alessio Nanni são uma forma rápida de reconhecer estas obras que certamente já ouviu centenas de vezes.
18. Albeniz (1860-1909) - Iberia Uma das obras mais significativas da escola espanhola. Por ser um dos compositores e uma das obras menos conhecidas deste grupo falamos dela em detalhe no post
Ibéria - Albeniz. Para ouvirem esta obra na sua totalidade proponho-vos tal como nesse post
Alicia de Larrocha .
19. Chopin (1810-1849) - ÉtudesConjunto de três obras Op. 10, Op. 15 e Trois Nouvelles Études (sem número de opus). O primeiro conjunto é composto de 12 pequenas obras tendo sido publicado em 1833. É neste conjunto que está incluído o famoso "Estudo Revolucionário" composto na altura da insurreição polaca contra a Rússia tendo Chopin utilizado este estudo para exprimir a sua dor e revolta. Podem ouvir este Estudo Revolucionário por
Richter. O conjunto total dos estudos que compõem este Op. 10 por
Samson François. O op. 25 também é composto por 12 obras tendo sido composto em 1837. Podem ouvir uma interpretação integral por
Sokolov. Para os "Trois Nouvelles Études" proponho-vos uma interpretação da pianista brasileira
Guiomar de Novaes.
20. Rachmaninoff (1873-1943) - SonatasRachmaninoff compôs duas sonatas para piano. A primeira Op. 28 foi terminada em 1908 sendo uma das obras menos interpretadas do compositor. organizada numa estrutura típica do período clássico com a sequência andamento rápido - lento - rápido esta sonata foi recebida desde a sua estreia de forma pouco entusiastica. Propomos uma interpretação de
Boris Berezovsky. A segunda sonata Op. 36 foi composta em 1916 e revista em 1931. Muitas vezes interpretada na versão editada e modificada por
Horowitz que é precisamente a interpretação que vos propomos.
21. Schumann (1810-1856) - Carnaval Carnaval (op. 9) composto em 1834/1835 é uma das obras mais significativas de Schumann. Como é frequente em Schumann as notas são um criptograma musical sendo uma obra que se pode considerar de música programática dado que as 22 partes que a constituem descrevem um baile de mascaras na época de Carnaval precisamente. Proponho-vos uma interpretação de
Claudio Arrau.
22. Liszt (1811-1886) Sonata para Piano em Si MenorPossivelmente a obra para piano solo mais representativa do compositor do ponto de vista artístico bem mais que as rapsódias húngaras que nesta primeira fase ficaram bem acima desta belíssima sonata composta entre 1849 e 1853 e publicada no ano seguinte. É particularmente distintiva por se apresentar num único longo andamento embora na verdade se possa igualmente considerar que são quatro andamentos interpretados sem interrupção. isto é possível pelo facto da sonata ter partes que podem fazer parte de várias construções, uma verdadeira montagem de arquitectura complexa e unificada tão ao gosto do período romântico (e ao meu). Por essa razão proponho-vos uma interpretação completa da obra por
Clifford Cruzon.
23. Chopin (1810-1849) SonatasChopin escreveu "apenas" três sonatas para piano sendo a primeira composta em 1828 (Op. 4) e um dos primeiros trabalhos do compositor embora a sua edição seja póstuma (1851). É uma sonata numa forma perfeitamente clássica quando Chopin estudava com Joséf Elzner a quem aliás a sonata é dedicada. Proponho uma interpretação de
Vladimir Ashkenazy. A Sonata nº2 foi composta em 1839 e é possivelmente a razão pela qual esta entrada está nesta lista em grande parte pelo conhecido terceiro andamento que é nem mais nem menos do que a conhecida
Marcha Fúnebre. Proponho-vos precisamente esse andamento por
Arthur Rubinstein. Por fim a Sonata nº3 (Op. 58) foi composta já perto do fim da vida de Chopin (1848) e é uma das obras de Chopin que prefiro, proponho-vos o primeiro andamento por
Lang Lang.
24. Scarlatti (1685-1757) Sonatas para teclasDomenico Scarlatti escreveu mais de 500 sonatas para piano (555 para ser exacto) e por isso a tarefa de vos propor um conjunto que possa ilustrar o mesmo é quase impossível. Por essa razão faço uma escolha não totalmente aleatória mas que escolho função da disponibilidade de interpretações diversas por grandes especialistas do compositor. A primeira é precisamente a
K.1 interpretada por Ivo Pogorelich. Podem depois ouvir a
K. 141 interpretada por Marta Argerich ou a
K. 380 por Horowitz. Por fim proponho-vos um "compacto" de sete sonatas por Gilels
K. 141 K. 518 K. 32 K. 466 K. 533 K. 27 K 125.
25. Prokofiev (1891-1953) - Sonata nº 6 e nº 7 A sonata nº6 (Op. 82) em Lá Maior foi composta em 1940 sendo constituída por 4 andamentos. Apesar de indicarmos a tonalidade a verdade é que é uma obra marcada por flutuações na mesma ao ponto de poder ser considerada por vezes verdadeiramente atonal. Dos quatro andamentos proponho-vos que oiçam o
terceiro andamento em tempo de valsa, numa interpretação de Richter. A sonata nº7 (Op. 83) composta em 1942 e chamada por vezes Stalingrad (o que se dúvida fosse apreciado por Prokofiev) em Si Bemol maior possui três andamentos e uma estrutura interessante dado que é vista muita vezes como uma evocação e gozo da própria forma de Sonata. Escolhemos de novo uma interpretação de Richter, desta vez do
primeiro andamento (Allegro Inquieto).
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