Brahms: Sinfonia nº 2 em Ré (Op. 73)
Música Clássica

Brahms: Sinfonia nº 2 em Ré (Op. 73)


Se a primeira sinfonia de Brahms é essencialmente uma obra angustiante, poderosa e forte a segunda sinfonia composta apenas um ano depois (comparar com os 21 anos que a primeira levou a compor pode ser interessante), a segunda sinfonia é essencialmente uma obra de paz interior.

Também nesta sinfonia Brahms não conseguiu evitar as comparações sendo esta composição comparada com a sexta de Beethoven. Curiosamente Brahms manteve com os amigos uma espécie de piada musical. Dizia ele que "nunca tinha composto nada tão triste" e acrescentava "é tão triste que não conseguir ouvir até ao fim". É claro que isto é apenas uma piada que Brahms manteve mesmo depois da estreia. Na verdade com excepção do Adagio toda esta obra está repleta de felicidade, mesmo que contida, pacifica, pastoral se quisermos.

A obra foi estreada em a 30 de Dezembro de 1877 em Viena dirigida por Hans Richter mantendo a estrutura normal da sinfonia clássica em quatro andamentos.

O primeiro andamento (Allegro non troppo em Ré Maior) começa com uma sombria sequência de quatro notas para depois acabar por ser desenvolvida por três melodias relativamente tranquilas. Oiça aqui a Orquestra de Viena dirigida por Kleiber (segunda parte deste movimento aqui).

O segundo andamento (Adagio non troppo em si maior) é na realidade bastante sombrio (eu prefiro qualificá-lo como melancólico) embora com um breve momento em que esse tom é abandonado. Mas é apenas um breve momento antes das sombras voltarem a cair. Oiça aqui a orquestra do Royal Conservatory de Den-Haag dirigida por Roy Shapira.

No terceiro andamento (Allegretto grazioso - quasi andantino - em Sol Maior) voltamos ao ambiente calmo e gracioso da obra, quase dançante segundo Brahms. Oiça aqui a Orchestra Royal Conservatory The Hague dirigida por Hernan Schvartzman interpretar este andamento.

Finalmente o quarto andamento (Allegro con spirito em Ré Maior) é provavelmente o mais claro, o mais abertamente feliz desta obra que termina de forma bastante assertiva. Voltamos para este andamento à Filarmónica de Viena e a Kleiber, aqui.



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