Música Clássica
Johannes Brahms (1833-1896) - German Requiem, Op. 45
Este é um réquiem "assombrado". Explico "o assombrado". Impossível ouvi-lo e não ficar com uma impressão de que se está sendo visitado por todas as dores do cosmos. Do alto de sua monumentalidade, resta-nos a agonia, a angústia e dor lancinante que nos envolve por completo. Já ouvi tantas vezes este trabalho de Brahms, que me sinto tomado por completo todas as vezes que volto a ele. Existe mais que uma oração feita pelos mortos. Existe a própria dor que é viver. A expectativa da vida e da morte se unem e gritam juntas fazendo lembrar o terrível fardo da existência humana. Estamos condenados a abandonarmos todas as realizações, todos os encontros; as pessoas a quem amamos; as amizades costuradas no tempo; e tudo aquilo que acumulamos em nossa ganância. Somos frágeis e a gama infindável de vaidades acabam se tornando em migalhas diante da fragilidade da vida. Segundo uma das versões, Brahms o teria escrito em homenagem à morte de seu amigo Robert Schumann em 1856; e à morte de sua mãe em 1866. A estrutura desse réquiem é complexa. Massas corais duelam. Vozes voláteis. Lamentos agoniados. E um profundo senso de espiritualidade. Lindo! Muito lindo! Eis mais uma versão dessa monumental obra. Boa apreciação!
Johannes Brahms (1833-1896) -
German Requiem, Op. 45
01. Selig Sind, Die Da Leid Tragen
02. Denn Alles Fleisch, Es Ist Wie Gras
03. Herr, Lehre Doch Mich
04. Wie Lieblich Sind Deine Wohnugen
05. Ihr Habt Nun Traurigkeit
06. Denn Wir Haben Hie Keine Bleibende Stat
07. Selig Sind Die Toten
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