Johannes Sebastian Bach (1685-1750) - The Two Violin Concertos, Double Concerto e Partita No. 2 in D minor

É uma experiência agudizante ouvir a música de Bach. Ontem estava lendo uma suposta afirmação proferida pelo compositor alemão: "Senhor, não permita que o tédio me consuma. Aviva a alegria que há em mim". Essa afirmação de um dos mais extraordinários compositores de todos os tempos, elucida a sua obra. Bach foi mais que um compositor: foi um fenômeno, alguém que tangenciou o infinito. Talvez fossem estas disposições espirituais da alma do alemão, que permitiram-no criar tão extraordinária obra. O filósofo alemão Hegel costumava dizer que "a arte tem a função suprema de transformar ideias em impressões sensoriais". Este é o absoluto da arte. Em Bach esta afirmação torna-se emblemática. O que dizer de seus oratórios, de suas fugas, de suas missas, motetos, obras para cravo, violino etc? Enquadrar Bach no período histórico do Barroco é cometer um contrasenso. O compositor abarca todas as eras. É alguém onipresente em todas as escalas artísticas. Bach parece brincar de fazer música. A estrutura de suas harmonias beiram à perfeição e tudo isso redunda no belo. E como diziam os antigos, a beleza é a presença imaculada da alegria. "Avivar a alegria", talvez, resida aí o grande segredo de Bach. Este CD é um dos melhores que já ouvi para estas obras. Embora goste bastante da gravação com a Julia Fischer pela clareza e limpidez da gravação. Mas,  Kremer é um mestre supremo ao violino. Não gostei das Partitas que aparecem no final do CD. Não deixe de ouvir e que a legria seja grande em você!

01. I. (Allegro moderato)

02. II. Andante

03. III. Allegro assai

04.  I. Allegro

05. II. Adagio

06. III. Allegro assai

07.  I. Vivace

08.  II. Largo, ma non tanto

09.  III. Allegro

10. I. Allemanda

11. II. Corrente

12. III. Sarabanda

13. IV. Giga

14. V. Ciaccona

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Gidon Kremer, violino

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