Música Clássica
Karl Böhm (1894 - 1981)
Karl Böhm nasceu na Áustria em Graz a 28 de Agosto de 1894. Filho de um advogado foi de certa forma conduzido a estudar advocacia antes de entrar no conservatório primeiro em Graz e depois em Viena onde estudou com Eusebius Mandyczewski (grande amigo de Johannes Brahms).
De volta à sua cidade natal Karl Böhm tem uma ascenção fulgurante. Em 1919 é assistente da Direcção Musical e em 1920 é nomeado director musical. Com uma recomendação de Karl Muck consegue que Bruno Walter o chame para trabalhar em Munique onde fica até ser nomeado director musical em Darmstadt. De 1931 a 1934 ocupa a mesma posição na Opera de Hamburgo.
A partir de 1934 e atá 1942 conduz a Opera de Dresden período esse que se veio a revelar muito importante do ponto de vista artístico pois deu-lhe ocasião de estrear algumas obras de Richard Strauss nomeadamente Die Schweigsame Frau (As Mulheres Silenciosas) em 1938, Daphne também em 1938 que aliás lhe é dedicada e ainda o segundo concerto para corneta em 1943.
Mas não é apenas de Richard Strauss de que estreia obras. Em 1940 estreia Romeu e Julieta e em 1942 Die Zauberinsel ambas de Sutermeister.
Entretanto em 1938 participa pela primeira vez no festival de Salzburgo dirigindo Don Giovanni de Mozart, festival que nunca mais deixaria de visitar. Seria aliás nesse festival que por ocasião do 80º Aniversário de Richard Strauss dirigiria Ariadne em Naxos o que para Böhm foi sem dúvida um grande privilégio. Oiçam
aqui uma versão também dirigida por Böhm em 1965.
Em 1962 estreou-se no festival de Bayreuth dirigindo uma obra de Richard Wagner Tristão e Isolda. Esta participação abriu uma série de direcções neste festival que incluíram várias obras de Wagner entre as quais Os Cantores de Nuremberga e o Anel do Nibelungo - de que acabou por gravar o ciclo completo e que ainda hoje é considerada uma das gravações de referência. Oiçam
aqui uma das gravações do festival de Bayreuth dirigida por Böhm. Vejam também
aqui um documento histórico de um ensaio em Bayreuth com Karl Böhm (1965).
Entre 1950 e 1953 dirigiu em Buenos Aires a época de música alemã na qual estreou a primeira versão em espanhol da ópera Wozzeck de Alban Berg traduzida para Espanhol precisamente para essa ocasião.
Do ponto de vista artístico Karl Böhm era caracterizado pela sua dureza mas em simultâneo jovialidade e gosto incondicional pela sua arte. Podem ouvir
aqui (primeira parte) e
aqui (segunda parte) um ensaio de Böhm da sétima de Beethoven Embora a sua vida fosse profundamente marcada pelas obras de Richard Strauss, tivesse um gosto muito especial por Alban Berg, Beethoven, Wagner ou Bruck o seu compositor preferido era Mozart. Pode ouvir
aqui (primeira parte) e
aqui (segunda parte) a opinião de Karl Böhm sobre Mozart.
O ciclo integral das sinfonias de Mozart que completou ao longo da década de 60 com a Filarmónica de Berlim e o ciclo das Sinfonias de Beethoven com a Filarmónica de Viena de 1971 mereceram grandes elogios. Podem ouvir
aqui Böhm a dirigir a Sinfonia nº 41 de Mozart com a Filarmónica de Viena e
aqui o primeiro andamento da quinta sinfonia de Beethoven.
Recebeu várias honras ao longo da sua vida tendo sido nomeado em 1964 o primeiro "Generalmusikdirektor" austríaco. Podemos por exemplo ouvir
aqui Karajan a exprimir a sua admiração por Böhm.
Como nota de rodapé e em abono da verdade Böhm foi impedido de trabalhar após a guerra até se ter terminado a investigação sobre as suas actividades pró-nazis.
O livro autobiográfico "A Life Remembered" é uma óptima forma de continuar a exploração da vida e obra deste maestro para quem estiver interessado.
Böhm faleceu em Salzburgo a 14 de Agosto de 1981.
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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Sinfonia Concertante For Violin, Viola And Orchestra In E Flat Major, K. 364 E Sinfonia Concertante Para Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon And Orchestra In E Flat Major, K. 297b
Este é outro disco cuja postagem deveria ter se efetivado no dia de ontem. E que baita disco! Belíssimo! O grande regente Karl Böhm, considerado um dos melhores regentes de Mozart do século XX pela crítica especializada, brinda-nos aqui com duas...
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Ludwig Van Beethoven (1770-1827) - Symphony Nr.1 In C Major, Op.21, Symphony Nr.2 In D Major, Op.36, Symphony Nr.4 In B Flat Major, Op. 60 E Symphony No. 5 In C Minor, Op. 67
Ouvi os dois discos ora postados hoje cedo e me entusiasmei com a regência de Karl Bohm - excelente! Bohm imprime força e uma paixão romântica como penso que devem ser trabalhadas as obras de Beethoven. Na verdade, trata-se da integral das sinfonias...
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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Così Fan Tutte- Overture, Anton Bruckner (1824-1896) - Symphony No. 8 In C Minor, Wab 108, Joseph Haydn (1732-1809) - Symphony No.91 In Eb, Hob.i:91 E Franz Schubert (1797-1828) - Symphony No. 9 In C Major, D 944 "great"
Três grandes trabalhos sinfônicos - Bruckner, Haydn e Schubert conduzidos pelo austríaco Karl Bohm. Bohm foi um dos principais nomes da regência do pós-guerra. Era um especialista em Richard Strauss, Mozart e Wagner. Sua vida extensa (quase cem anos),...
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Richard Strauss (1864-1949) - Sinfonia Alpina, Op. 64 (an Alpine Symphony) E Till Eulenspiegels Lustige Streiche Op.28
Sou profundamente apaixonado pelos poemas sinfônicos de Richard Strauss, um mestre incontestável quando estamos falando desse gênero. Ouvir a Sinfonia Alpina, a Sinfonia Doméstica, Vida de Herói, Dom Juan, Morte e Transfiguração é ser invadido...
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