MÚSICA:
É definida, tradicionalmente, como a arte de combinar sons para obter efeitos expressivos. Pode também ser compreendida como a arte de combinar som e silêncio. A partir de experiências revolucionárias da música contemporânea admite-se até a música feita só de ruídos ou silêncio.
Assim como em outras culturas, no ocidente distingue-se a música popular, de bases coletivas, da música erudita, cujo código nem sempre é acessível a todos. Essas duas vertentes ora se tocam, ora se afastam, a ponto de uma criar transformações na outra.
A história da música erudita ocidental está associada à Igreja, às cortes, aos salões da burguesia, às salas de concerto e às universidades.
A música no ocidente, assim como as mais diversas manifestações artísticas, tem sua origem na Grécia e Roma antigas.
Grécia ? Grande parte da terminologia musical, dos modos musicais e dos tipos de temperamento (afinação) das escalas originam-se na teoria musical grega.
No século VI a.C. Pitágoras demonstra proporções intervalares, numéricas, na formação das escalas musicais. São bases severas para evitar o subjetivismo incontrolável. A essa posição se opõe Aristogenos de Tarento, para quem a base de uma teoria musical não é numérica e sim a experiência auditiva.
Os gregos desenvolvem vasta teoria e produção musical ligadas às festividades e ao teatro . Uma parte dessas composições é recuperada graças a notação musical baseada no alfabeto, como os Fragmentos de Eurípedes e a Canção de Seikilos.
Roma ? Escravos romanos oriundos da Grécia e cercanias difundem a tradição musical grega e tornam-se figuras centrais da música romana, presente em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.
Os romanos recompilam, nos séculos II e IV a.C., a teoria musical grega. Destacam-se Euclides de Alexandria (século III a.C.), Plutarco (século I a.C.) e Boécio, que no ano 500 d.C. traça as bases da teoria musical da Idade Média latina.
Cena de banquete ao som
de música de aulos
Cerâmica 450 a.C