Música Clássica
Brel : Voir un ami pleurer
Esta foi uma das
pesquisas da semana. Um pedido para uma tradução deste poema de uma das canções de Jacques Brel. Primeiro deixo-vos com a versão original e depois a minha tradução. Recomendo que leiam este texto ouvindo a canção
aqui.
Bien sûr il y a les guerres d'Irlande
Et les peuplades sans musique
Bien sûr tout ce manque de tendre
Et il n'y a plus d'Amérique
Bien sûr l'argent n'a pas d'odeur
Mais pas d'odeur vous monte au nez
Bien sûr on marche sur les fleurs
Mais mais voir un ami pleurer
Claro que há a guerra na Irlanda
E povos sem música
Claro que a tudo isto falta ternura
E já não existe a América
Claro que o dinheiro não tem cheiro
Mas a falta de cheiro também tresanda
Claro que também esmagamos as flores
Mas ver um amigo chorar
Bien sûr il y a nos défaites
Et puis la mort qui est tout au bout
Le corps incline déjà la tête
Étonné d'être encore debout
Bien sûr les femmes infidèles
Et les oiseaux assassinés
Bien sûr nos coeurs perdent leurs ailes
Mais mais voir un ami pleurer
Claro que há as nossas derrotas
E depois a morte no fim que advinhamos
O corpo já inclina a cabeça
Espantado de ainda estar de pé
Claro as mulheres infiéis
E os pássaros assassinados
Claro que os nossos corações perdem as asas
Mas ver um amigo chorar
Bien sûr ces villes épuisées
Par ces enfants de cinquante ans
Notre impuissance à les aider
Et nos amours qui ont mal aux dents
Bien sûr le temps qui va trop vite
Ces métros remplis de noyés
La vérité qui nous évite
Mais mais voir un ami pleurer
Claro que há as cidades esgotadas
Por essas crianças de cinquenta anos
Nós que somos impotentes para os ajudar
E os nossos amores que têm dor de dentes
Claro que o tempo anda demasiado depressa
Com o Metro cheio de afogados
A verdade que nos evita
Mas ver um amigo chorar
Bien sûr nos miroirs sont intègres
Ni le courage d'être juif
Ni l'élégance d'être nègre
On se croit mèche on n'est que suif
Et tous ces hommes qui sont nos frères
Tellement qu'on n'est plus étonné
Que par amour ils nous lacèrent
Mais mais voir un ami pleurer.
Claro que todos os nossos espelhos são íntegros
Nem a coragem de ser Judeu
Nem a elegância de ser Preto
Acreditamos que somos a mas somos apenas fuligem
E todos esses homens que são nossos irmãos
Tanto que já não nos espantamos
Que nos desfaçam por amor
Mas, mas ver um amigo chorar.
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