Música Clássica
Jacques Brel - As canções, a Poesia
Este tema estava também prometido. Conforme perceberam estamos hoje a cumprir algumas promessas antigas, muitas têm a ver com temas que não estando directamente dentro do tópico deste blog, fazem parte das minhas referências culturais e por isso faço aqui um parênteses para eles (elas).
Jacques Brel é para mim um dos maiores poetas de sempre. O que ele escreveu, como escreveu e como cantou, a forma como interpretava fazem dele uma figura única na história da literatura e da música. Dirão alguns que estou a exagerar, que manifestem e fundamentem a sua opinião ...
É dificil escolher apenas algumas canções de Brel por isso vou tentar fazer isto de uma outra forma ...
A minha infância passou como a do Poeta, embora com poucos nevoeiros e muitas batalhas. Era sempre indío e sempre certo que os meus tios me haviam roubado o far west (
Mon Enfance). E se contrariamente a Brel o meu país tem montanhas não deixa de ser verdade que também nós sofremos com o vento Norte (
Le Plat Pays) como rapidamente aprendemos na escola e em comum o amor da terra que nos viu nascer. Do tango da Rosa tive uma breve introdução, um ano de Latim chegou para perceber que essa não era a minha vocação (
Rosa).
Do amor diria que se nunca conheci nenhuma Marieke conheci com toda a certeza a mesma estúpida (e adorável) esperança de conquistar uma
Madeleine e de sofrer com o regresso de uma tal de
Mathilde. Porém como todos em algum momento da nossa vida pedimos ou desejamos pedir que não nos deixem (
Ne me quitte pas).
E se no amor somos irmãos na contestação somos soldados no mesmo exército sem armas (Quand on n´a que l´amour). Dificilmente pode haver canção mais subversiva que
Au Suivant .
Posso nunca ter estado em Bruxelas nem agora nem no inicio do século mas é como se lá estivesse estado
Au temps ou Bruxelles Bruxellait. Tão pouco estive em Amsterdão mas não é dificil imaginar o porto e os marinheiros, mesmo sem imagens (
Amsterdam) e também não nos é difícil imaginar assim o gosto da aventura, da liberdade.
Se Brel exprimiu de forma brilhante a aventura também o fez relativamente à amizade. Quem não gostaria de ter um amigo como Brel em
Jeff , quem não sentiu que na verdade haverá poucas coisas piores que ver um amigo chorar (
Voir un ami pleurer).
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